A ternura se imolou convencida de que encontraria a paz depois da dor
E a paz, pobre da paz. Precisa usar armas para se defender do horror
A esperança, combalida, definha no seu
leito de morte esperando a morte
Dizem as más línguas que deprimiu-se de tanto esperar o seu rumo. Seu norte
No seu leito ajoelha-se a lembrança, cansada e esquecida dos dias de sorte
O sorriso, agora cúmplice do sarcasmo,
fez refém o sentido
Códigos, signos, símbolos. Nada mais tem significado
Rimas, poemas, declarações. Tudo não passa de estelionato
O tudo mais espicha-se rumo ao buraco
negro feito pela humanidade
De agora adiante, o que não se desfez caminha para a iniqüidade
Não há volta, não tem como voltar atrás.
Se algo restou já já jaz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário