segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

BOI BOI BOI. BOI DA CARA PRETA

Acho engraçado.

Geralmente as políticas economicas se baseiam em números e gráficos que meio dúzia de pessoas entendem para justificar isso e aquilo. A taxa disso sobe enquanto o câmbio flutua com a aceleração do índice esbléver, e por isso, tome mais juros, tome mais taxas e tome mais impostos.

Todavia, quando a coisa desanda, ai esquecem os gráficos, esquecem as contas e termos cunhados em Gaélico Arcaico que nem o Papa sabe falar. A ladainha nas crises é a mesma. AS PESSOAS ENTRARAM EM DESESPERO.

Vejam o caso dos juros, que no  Brasil é arma contra o paradoxo consumo X inflação. Em um sistema capitalista, as trocas se dão por meio da compra e venda. Eu vendo o meu serviço e compro o seu. Isso é cosumo. Os juros é o valor a mais que você paga para ter uma antecipação da sua renda de um período, ou seja, para comprar um item mais caro, ao invés de guardar dinheiro por 05 anos, você pode antecipar o recebimento desse valor financiando o montante, quem presta esse serviço (bancos) lucra cobrando juros.

No Brasil, temos os maiores impostos do mundo, e a renda do cidadão é corroída. De renda nem a calcinha do guarda roupas sobra. Por isso financiamos tudo, até comida. E os nossos juros, mesmo quando baixos, são bem altos.

Essa política ordinária de juros para conter o consumo no Brasil ajuda a sustentar um governo safado e injusto, que some com o que arrecada. Antes de fuder com juros eles deveriam aumentar o poder de compra da renda dos cidadãos diminuindo os impostos. Mais poder de compra a vista é a única concorrência possível de enfrentar os juros bancários e equacionar a distribuição de dinheiro entre os bancos e a sociedade. Somente podendo guardar algum dinheiro mês a mês as pessoas poderão comprar sua TV de Led a vista ao invés de financiar em 10 vezes. Hoje, a realidade do Brasileiro é que o seu dinheiro some em impostos e taxas e que da sua renda não sobra nada para poupar. Menos ainda pra pagar os juros.

Estamos em uma sociedade de consumo onde tudo é produzido com prazo de validade curto. Nenhum carro de hoje vai chegar na metade da idade de um fusquinha. Televisão antiga da vovó, radinho do tio, primeiro notebook ... o futuro verá menos itens do passado como nós podemos ver no presente. Logo, estamos num ciclo de consumo do qual não podemos fugir. Comprar é inevitável.

Frear o consumismo é uma política inteligente, e este consumismo, que é a sede de comprar sem necessidade o que é supérfluo,   deve ser liberado e contido em ciclos bem administrados através de sua principal fonte de receita. Financiamento. E para fazer isso se aumenta e se diminui os juros.

Todavia, num país com a renda tão corroída, é uma injustiça social terrível aplicar o Jurismo antes de ser justo na renda. É uma economia porca que não pensa nos mais pobres nem em ninguém. Num país onde o sujeito tem cartão até de supermercado pra poder comer, aumentar os juros sem se falar nessa carga tributária desumana é idiotice.

O sujeito é obrigado a compar tudo num valor caríssimo se comparado ao resto do mundo. Sua renda some e  os serviços públicos não avançam significamente.

Tão ruim quanto comprar caro é ser obrigado a vender caro para poder pagar os impostos. O resultado é que temos problemas em vender para fora do país, o que fode com a entrada de divisas para dentro do país e destrambelha a economia pouco a pouco.

Quando a máquina trava, o sujeito já não vende e não tem dinheiro pra arcar com as dívidas, aí vem essa porra de governo aumentando juros para diminuir o consumo para frear a inflação. Pois vendendo menos, o sujeito não pode querer cobrar mais caro. Ou seja, o sujeito que já vende caro para pagar impostos e que não pode mais pagar seus juros é o culpado pela porra toda.

Se vendendo há inflação é por que não há oferta, porque não há produção, por que não há mão de obra, por que não há infraestrutura básica prol produção (energia, estradas etc). Enfim, é porque todo dito serviço de importância pública, que nosso querido governo rege com mão de ferro terceirizando e dando em regime de concessões privadas, mesmo quando ele, governo, recebe impostos e cargas tributárias pesadas para prestá—los de graça, não funcionou adequadamente.

Esse tipo de política é um dos sinais de que um governo simplesmente não deu certo. DE NOVO.

E o seu despero de não poder vender e de não poder comprar. De não poder trabalhar e de não poder comer, é considerado o culpado da merda toda pelo governo de bosta.

Essa é uma economia que se esconde em números enquanto pode, fazendo de conta que o economeis é uma divindade acima dos homens. Restringe—se em se comunicar com meio dúzia de pajés capazes de ler seus indecifraveis sinais expostos em borras de café.
Quando vossos milagres perdem o efeito revelando que produziu 10 ricos para cada 1000 miseráveis, todo o misticismo se desfaz mas, ao invés do governo assumir o seu charlatanismo, acusa as pessoas de não terem acreditado mais se desesperando.

A economia que não sabe colocar as pessoas na frente da economia acaba atropelada pela multidão que deixou para trás.

É a hora que todo o peão tenta evitar. Um absoluto nada que faz estourar toda uma boiada. Um nada somente pro peão, pois se cada boi soubesse do seu destino como churrasco ele nunca teria ficado naquela boiada sem fazer nada.

Vai tomar no cu presidencial senhora Dilma.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

ESCORREDOR DE BONZU, BICICROSE E OUTRAS NEUROSES

Recentemente ganhei de presente uma faixa de ônibus, a da Avenida Jaguaré. Ainda estou tentando assimilar se fui afetado positivamente ou negativamente.
Tenho carro, mas também uso ônibus. Minha experiência pessoal, da Avenida Jaguaré, é a de que não é possível adentrar nos ônibus. Uma questão de física mesmo. Dois corpos não ocupam o mesmo espaço.
Eu percebi, com o passar dos anos, que o número de ônibus foi sendo reduzido das linhas. Aliás, uma certa vez, eu vinha do Centro na antiga linha do Continental absurdamente lotada quando, uma passageira irritada, questionou o cobrador sobre o excesso de passageiros. Resposta: “moça, isso aqui não é nada, eles cortaram os carros da linha. Aqui mesmo cortaram o número de carros pela metade”.



A minha vivência no transporte coletivo da cidade de São Paulo conta essa história; do governo do Serra/Kassab até os dias de hoje ficou impossível entrar dentro dos ônibus. Antes era difícil, e depois se tornou impossível.
A frequência também era um problema que, embora seja agravada pelos carros nos dias atuais, naquela época também foi impulsionada pela diminuição do número de ônibus das linhas, principalmente fora dos horários de pico. Já “cheguei ficar” 50 minutos esperando um ônibus na Barra Funda num Domingo às 15hs00. Eu vinha de viagem e, penso, que Barra Funda, Jabaquara, Tietê, Congonhas e todos os terminais da cidade deveriam ter cobertura integral das suas linhas em todos os horários. Vale o custo.
Daí veio a Linha Amarela do Metrô para a região. Um projeto mal executado que já nasceu defasado e superlotado. As integrações dessa linha são ridículas. São trajetos enormes. Eu costumo dizer que é êxodo, e não integração. 
A linha de trem da região então … diz a lenda dos governos Serra/Alckimin que eles iriam melhorar a estrutura; compraram trens novos, cortaram o número de vagões …. e parou aí, o projeto de melhoria não melhorou mais nada e os trens estão super lotados, além das integrações com os ônibus e metrô serem  absurdas.
Para quem está na Avenida Jaguaré, a saída mais rápida seria a estação de trem Villa Lobos. Diz a prefeitura que o nome da estação é Villa Lobos/Jaguaré, mas a verdade é que o Jaguaré é o primo pobre da estrutura. O acesso para quem vem de ônibus pela Ponte do Jaguaré para a estação (e para quem volta também) é absurdamente ridícula, pois a mesma fica atrás de uma alça de acesso para a Marginal Pinheiros, onde a pessoa precisa atravessar, pasme, duas vezes pela mesma via (espécie de rotatória saindo da ponte). A faixa de pedestre está apagada, não tem semáforo e a “mãozinha do Kassab” é contra indicada, pois quando o motorista vê o pedestre “ele já está em cima”. A passarela da estação é um enfeite bonito e inútil que leva fantasmas para o Parque Villa Lobos.

O mais triste é que os ônibus que cobrem a região passam pela Ponte do Jaguaré (Vou explicar. Espera!). Quem conhece ali, sabe que esta ponte tem um corte no meio, um vão livre. Se você entrar na estação de trem Villa Lobos e andar até o fim da plataforma, vai observar que ela termina exatamente debaixo do vão dessa ponte. Seria barato, e já está pronto, abrir uma entrada para a estação pelo vão no meio da ponte e criar duas plataformas (uma para cada mão da via) para os ônibus, - fácil, fácil … mas, enfim … nada feito ... -  por isso, depois de um trajeto ridículo para chegar na estação de trem, se você pretender migrar para o Metrô na estação Pinheiros, é preciso fazer um êxodo de 15 minutos a pé, somados aos 15 que você já gastou passando por milhões de vias para migrar do ponto de ônibus até e estação Villa Lobos. Perdeu só aí, na andança, 30 minutos.

Os ônibus, por sua vez, padecem de tudo. Uma lata de sardinha a 50 graus clama por ar condicionado e, pelos escândalos de dinheiro público desviado que pululam para todos os lados, não venha o governo dizer que não tem dinheiro para fazer. A suspensão também precisa de melhorias (deixar de ser “molejão”).
Mas não só isso. É preciso que a ergonomia dos veículos vire um projeto público, não dá mais para dizer “áh, precisamos de 10 veículos para cadeirantes”, abrir uma licitação e comprar o mais barato. O governo tem que tomar a frente para dizer como este veículo tem que ser exigindo engenharia de ponta. Os ônibus de piso baixo mesmo são uma porcaria. Imagine que ele só é baixo na parte da frente, e tem uma escada no meio para levar para os fundos. Isso porque, em um país onde o uso do cinto de segurança é obrigatório em carros, onde crianças não podem andar no banco da frente de carros, e onde morder um bom bom com licor ferra o sujeito no bafômetro caso ele esteja com um carro, o engenheiro resolveu, sabe-se lá com base no uso de que substância alucinógena que, a coisa mais segura do mundo é subir por uma escada dentro de um ônibus em movimento. - Porque no ônibus a insegurança pode? - E não para aí. Estes ônibus conseguem a proeza de serem apertados, embora pareçam grandes. Com três pessoas em pé parece ter 30.



Para completar o quadro de horror, esses benditos ônibus possuem um sistema hidráulico leeeeerdo para as cadeiras de roda. Resumindo. 15 minutos para subir e descer um cadeirante. O treco que menos deu certo neste planeta foram essas plataformas hidráulicas para cadeirantes que colocaram nos ônibus de São Paulo. Toda vez que presenciei um cadeirante subindo ou descendo, foi um absurdo de tempo. Não é por um acaso que os motoristas, quando podem, simplesmente ignoram os cadeirantes nos pontos.
E qual foi a melhor tecnologia para cadeirante entrar no ônibus que eu já vi? Pasme … um belo dia parou um ônibus velho, ia pegar um cadeirante, o motorista puxou então uma rampa manual instalada na porta e pã … bazinga ….rapidinho e eficiente … isso prova que biiteza não adianta. Tem que ser útil. Tem que funcionar. Não adianta colocar carro bonito que pareça “mó tecnologia”. Tem que ter tecnologia mesmo e não só baragandã hitec e caro.. Não adianta esconder o problema em carro bonito, pois o problema só vai se dissipar mediante a prestação de um serviço eficiente.


E olha outra eficiência tecnológica e barata ... a posição das portas ... o gênio de um engenheiro dopado resolveu que o melhor lugar para as portas de saída do ônibus é do lado do cobrador. Num dado momento do percurso, ocorre um fluxo de pessoas vindo do fundo do veículo para a porta de saída enquanto outro fluxo de pessoas vem na contra-mão tentando passar a roleta ... isso é uma das bestialidades mais mal pensadas do planeta. Cada ônibus novo com a mesma disposição de portas é desperdício de dinheiro público. A tecnologia de que precisamos não é a que vendem em catálogos de montadores de veículos, mas aquela que faz ciência de verdade, que observa como é o uso do veículo em campo, ou seja, que vai lá as 18hs00 da tarde ver o "pega pra capar" e depois proponha melhorias, que são soluções tecnológicas, para melhorar o transporte. Uma vez estando em uso, é preciso voltar lá para ver se deu o resultado esperado e se teve consequências. Não tem jeito, o Brasil perdeu um mega tempo não construindo metrôs e outros modais, agora, por um bom tempo (20 anos para mais), só restam os ônibus até que os demais modais alcancem uma dimensão adequada, e é por isso que a prefeitura precisa tratar os ônibus com mais atenção em todos os aspectos. Não basta torrar bilhões com corredores e faixas e inviabilizar o uso da bagaça por causa do diabo dos pequenos detalhes.

No Brasil, é incrível como coisas corriqueiras parecem ser dogmas e sonhos inatingíveis. Muitas das tecnologias disponíveis para os ônibus são soluções já inventadas e em uso (não no Brasil). Por exemplo: A suspensão a ar, inequívoca evolução para melhorar o conforto e diminuir a trepidação que desgasta a suspensão e o restante da carroceria (custo), foi inventada em 1920 (93 anos) e já é item corriqueiro em ônibus pelo mundo inteiro, mas no Brasil, sabe-se lá porque, apresenta-se como custosa tecnologia "nova". O ar condicionado foi inventado em 1902, é mais do que um centenário, e ainda assim parece ser tecnologia caríssima da última semana aqui pelo Brasil. 

No mundo da tecnologia é aceita a ideia de que, com o passar do tempo, o preço de uma "invenção" vai diminuindo pela entrada de novas tecnologias e/ou pela melhora dos processos de produção. Um exemplo é o preço das TVs de LED, que de R$2500,00 em média já podem ser encontradas até por R$900,00. Todavia, quando o assunto é tecnologia automotiva no Brasil, a coisa segue para uma razão sem lógica nenhuma e os "busões" são as maiores vítimas, já que circular em um carro num calor de 30 graus não tem como ser pior do que circular em pé em um ônibus superlotado com 100 pessoas dentro com um calor de 30 graus.

Recentemente o prefeito Haddad disse, em coletiva, que havia um oligopólio na produção de ônibus dentro do Brasil, ou seja, o caminho é longo e tortuoso, mas a sociedade tem que enfrentar. É preciso peitar "as máfias" para melhorar o transporte coletivo. Temos que peitar. Ou ficaremos na mesma.


É preciso observar também o paradoxo que vivemos na mobilidade urbana da cidade. Quando afirmamos que foi dada preferência para um sistema de mobilidade baseado em carros, parece que os governantes planejaram isso. Erro grave. Erro rude.
Os governos simplesmente ignoraram a mobilidade urbana.

Pelos altos valores em impostos que pagamos para podermos comprar e usar veículos particulares, os governos não entregaram nem um terço do que poderia entregar em termos de estrutura viária. Estrutura essa que não atende só os carros, mas também os ônibus. Para ser ter uma ideia: monitoramos poucas vias públicas; não temos um número significativo de 
semáforos inteligentes e por aí vai.
Tão pouco se transferiu esses impostos e taxas automotivas para o transporte coletivo. Os veículos aqui custam o dobro do que custam no resto do mundo (e sem tecnologia nenhuma)  …   é o ápice da inoperância, para dizer o mínimo. 

Vejamos alguns valores. Segundo o Detran, a frota de carros da cidade de são Paulo é de 5.395.088. Excluí aí tratores, caminhões etc. São apenas os veículos leves que vou usar na conta.
Considerando que cada um desses veículos saiu de fábrica custando R$30.000,00, se metade é imposto, então são R$15.000,00 para os governos (municipal, estadual e federal). Essa frota rendeu aos cofres públicos a pequena soma de R$80.926.320.000,00 ao passar dos anos. Vamos estimar que esse dinheiro entrou nos últimos 10 anos, foram R$8.092.632.000,00 a cada ano. 
Mas além do preço do veículo, também tem o custo de seu licenciamento, IPVA etc. Se trabalharmos com uma média baixa (utópica) de R$200,00 por veículo, são R$1.079.017.600,00 por ano em IPVA-Licenciamento. Totalizando (Venda+IPVA-Licenciamento) são R$9.171.649.600,00 por ano e R$91.716.496.000,00 nos últimos 10 anos com o impostos.

Vamos considerar também o preço do combustível que, por ser no Brasil, também é um dos mais caros do mundo. Vamos estimar que ele vale, por baixo (muito, muito baixo mesmo) 30% em tributos. Se um sujeito econômico como eu gastar R$50,00 por semana, ele vai deixar R$15,00 pro governo. São R$720,00 por ano. A frota de carro da cidade deixa, por ano, R$3.884.463.360,00 em tributos de combustível. Totalizando (Venda+IPVA-Licenciamento+combustível) são R$13.056.112.960,00 por ano e R$130.561.129.600,00 nos últimos 10 anos com o impostos.

Como ninguém tem coragem de andar com carro sem seguro, vamos estimar que cada veículo tem um seguro "baratim" de R$1.000,00 (muito barato mesmo), de imposto, na média Brasileira (30% pro desgoverno), cada carro deixa, por ano, R$300,00. Com isso, essa frota desembolsa R$1.618.526.400,00 com imposto para seguros. Totalizando (Venda+IPVA-Licenciamento+combustível+seguro) são R$14.674.639.360,00 por ano e R$146.746.393.600 nos últimos 10 anos com o impostos.

Como o assunto aqui é outro, não vamos considerar que também pagamos impostos para:
- Os juros do financiamento no banco. Ou seja, se um veículo foi vendido 05 vezes na base do financiamento foi pago 05 vezes o imposto sobre o financiamento;
- Prestação de serviço de venda e revenda de veículos novos e usados;
- Para as peças de reposição assim como para trocar o óleo;
- Para os serviços de manutenção;
- Para os estacionamentos (faixa azul ou não);
- Para o IPTU (metro quadrado). No meu condomínio mesmo recalcularam o IPTU com base na vaga que vazia parte (era anexa) do imóvel;
- Fabriquinha de multas; e
- É de se perder de vista o quanto pagamos de impostos.

São, numa conta muito rasteira, utópica e baixa, R$14.674.639.360,00 em impostos com os automóveis por ano. Já li em periódicos e jornais que, só de IPVA, Licenciamento e Seguro gastamos, em média, R$1400,00 por ano. Isso é o dobro do que eu estimei. Ou seja, se um analista (que não sou eu) esmiuçar de maneira técnica, os valores que estimei dobram com facilidade. Ainda assim, o Governo Estadual anunciou o investimento de somente R$5.000.000.000,00 com transporte coletivo neste ano. Cade os outros R$9.000.000.000,00 (estimativa baixa)? Em 10 anos, são R$90.000.000,00 (estimativa baixa) que pufff !!!. Sumiu.




É por isso que não podemos aceitar a tese de que o governo planejou um modal de transporte baseado em carros que deu errado. Ele arrecadou impostos o quanto pode e ignorou a mobilidade urbana o quanto deu. O destino desse dinheiro ninguém sabe e, de quebra, o sujeito ainda tem que pagar uma tarifa de transporte público equivalente à de países de primeiríssimo mundo, onde a carga tributária é menor e um carro não custa nem perto do que custa no Brasil. Pagamos uma, duas, três, mil vezes para recebermos uma política pública de merda.



Quem tem menos poder aquisitivo vem sendo humilhado no transporte coletivo há décadas. Eu mesmo me senti mais do que atrasado e desconfortável dentro dos ônibus de São Paulo. Eu, um homem de 30 anos, cheguei ao ponto de entrar em minha casa, sentar no chão da cozinha e chorar de raiva … não, eu não merecia passar por tanta humilhação … comprei um carro.


Quando milhões de pobres pessoas como eu, ao encontrar a primeira brecha, comprou um carro, a cidade parou. Rapidamente, o problema de mobilidade, que pesava mais para os pobres que usavam o transporte coletivo, passou a ser um problema de todos. Paradoxalmente, o acesso aos carros pelos mais pobres é o que popularizou a questão da mobilidade urbana para todas as camadas sociais. E não tem mais como retroceder. Nem que seja com carro de 30 anos enferrujado, as pessoas só vão usar o coletivo se eles cumprirem um mínimo em termos de serviços, como por exemplo, ter espaço para entrar dentro, que é o mínimo do mínimo e inegociável. Dois corpos não ocupam o mesmo espaço.
Por causa dessa ignorância histórica do poder público é que devemos “estar vacinados”. Temos que tomar cuidado para que as políticas de mobilidade urbana sejam projetos bem elaborados, e não medidas de marketing político. E esta é uma das fragilidades das “faixas exclusivas para ônibus”. São rápidas, baratas mas, não são corredores. Em uma avenida como a Jaguaré por exemplo, há um canteiro central largo, ou seja, o corredor está pronto. Ainda assim a prefeitura pegou o caminho mais fácil e traçou uma linha pela direita, fechando inclusive a entrada de condomínios que há mais de 30 anos estão ali. Também não li nem ouvi nada até agora sobre estarem avaliando as linhas de ônibus da região. Isso parece-me ideia de um marketeiro destrambelhado. Se a prefeitura continuar expandindo as faixas dessa maneira isso vai virar uma baita confusão. Mesmo assim, prefiro lutar para que as linhas de ônibus sejam remodeladas do que para a retirada das faixas. Mesmo traumatizado com o transporte coletivo eu sei que, não vai rolar ficar todo mundo andando de carro.


Mas, para que eu faça uso dos ônibus que passam pela minha casa, eles precisam passar mesmo (ter frequência) e ter espaço para eu entrar. A prefeitura parece estar focando apenas na frequência e ignorando uma lei inviolável da física; “dois corpos não ocupam o mesmo espaço”. 
O atual governo municipal parece desconhecer a história recente do transporte coletivo de São Paulo e a origem para o excesso de carros circulando pela Capital, como se milhões e milhões de pessoas quisessem de fato perder 30% da sua renda para poder chegar de carro no seu trabalho porque o salário é bom e o dinheiro está sobrando.
Problemas com excesso de carros nas ruas incomodam metrópoles pelo mundo inteiro. Mas acreditar que este excesso de carros é fruto de uma mesma árvore é o mesmo que acreditar que toda criança vem trazida por uma cegonha.  E é por isso que, enquanto a prefeitura de São Paulo não tratar o problema que gerou o excesso de carros na cidade de SÃO PAULO, a cidade vai continuar entupida e a mobilidade urbana vai continuar atormentando a todos. 

O trânsito pode ser problema tanto em New York quanto em São Paulo, mas acreditar que os eventos que desencadearam o excesso de carros lá são os mesmos que desencadearam o excesso de carro aqui é um erro gravíssimo. Se tratarmos o excesso de carros em São Paulo com as medidas usadas por New York, Londres, Roma etc, podemos usar o remédio errado e causar ainda mais problemas.

Aprender com os outros é sim importante. Mas é indispensável analisar com cuidado toda a conjectura do processo.

Outra alternativa para integrar a mobilidade urbana que está tomando o caminho do marketing político são as Bicicletas. É fato que os carros precisam se acostumar com as “magrelas” e, para isso, faixas improvisadas durante os finais de semana como a da Paulista são políticas importantes …. mas quanto tempo a prefeitura acha que vai enrolar com o programa de sociabilização carroXbicicleta? O fato é que a bicicleta deve se tornar um modal para a mobilidade urbana, mas o que a prefeitura está fazendo é criar espaços de lazer para as pessoas “brincarem” de bicicleta durante os finais de semana. É no mínimo uma hipocrisia a pessoa usar carro a semana inteira e dizer que é “ciclista” porque passeia na ciclofaixa nos finais de semana. É hipocrisia a pessoa ficar a semana inteira pesquisando que ciclofaixa vai experimentar, acordar cedo no domingo, colocar a sua bike no suporte de carro e ir pro espaço de passeio escolhido.

Tirar o espaço dos carros – sim. Mas a política para as bicicletas não deve se limitar a criar áreas de lazer para “bikers”. Temos que poder pegar a bicicleta e ir até o shopping assistir um filme e depois voltar para casa. Isso é mobilidade urbana. Política para bicicletas mesmo é criar uma via definitiva para elas na Paulista. Um espaço onde as pessoas possam se locomover para os mais diversos compromissos todos os dias, e não uma interdição para passeio nos finais de semana.
O mesmo ocorre com as interdições das ruas para corridas. Vou dar um exemplo.
No final de semana que antecedeu a inauguração da faixa da Jaguaré eles interditaram a ponte do Jaguaré para uma corrida. Na faixa da prefeitura dizia – “use a ponte Cidade Universitária” … quem conhece a região sabe que as duas pontes não ficam tão perto assim. Dependendo do compromisso, o melhor mesmo seria cancelar. Mas até aí, acuar os carros, eu não posso questionar, o problema é que pela ponte circulam várias linhas de ônibus que demoram horrores para passar nos finais de semana, quando há uma baixa frequência de ônibus gerada por poucos coletivos atendendo às linhas, como o Barra Funda que mencionei acima por exemplo, e não por excesso de carros nas ruas … pelo que observei (posso ter me equivocado) eles sequer se preocuparam em deixar uma faixa para os ônibus passarem pela ponte … resumindo, eles inviabilizaram que pessoas de bairros periféricos da região fossem de ônibus para o evento. Na verdade, o entorno desses eventos costuma ficar cheio de carros. O sujeito vai de carro defender que os outros andem de ônibus. Num ônibus segregador que sequer passa ali.

Nosso atual prefeito Hadadd, assim como o anterior Serra/Kassab, está abduzido pela mentalidade de uma minoria burguesa que quer porque quer transformar São Paulo em um canto qualquer da Europa. Eles querem porque querem reproduzir em São Paulo o que eles viveram em uma viagem que fizeram lá por sei onde ... essa burguesia quer um parque de diversões para eles viverem seus sonhos e acabam apoiando políticas públicas plásticas e ordinárias. São visualmente bonitas e só. Eles querem ir de carro para as suas empresas durante a semana e passear de bicicleta na frente de casa aos domingos mas, se a sua empregada atrasar 05 minutos para chegar no trabalho porque decidiu apoiar a prefeitura e foi trabalhar de bicicleta ... aí não pode, desconta do salário.
Hipocrisia, marketing político, segregação social e corrupção. As vias por onde elas transitam precisam ser interditadas para que por elas passeie o bom senso.

terça-feira, 4 de junho de 2013

BALANÇA A BUNDA

MOMENTO MATRIX:
Comprimido azul ou vermelho, o que devemos tomar?


QUAL DELES VOCÊS PREFEREM TOMAR?
Com esse custo Brasil absurdo e esse “pseudo valor agregado” dos nossos produtos que ninguém quer comprar, imagino do que esses galpões estarão cheios em 08 anos. Assinale a alternativa correta e concorra a um ingresso para assistir o Boom Brasil 2013 – A volta da atoladinha.
Os galpões estarão cheios de:
( ) – Caxirolas
( ) – Neymar e Marquezine
( ) – Laque para as madeixas da Dilma
( ) – Crianças da Wanda
( ) – “Crianças” do Russo
( ) – Famosos “in dance”
( ) – Trânsito para chegar no porto de Santos
( ) – Poluição
( ) – Outros: especifique______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Pessoal, galpão faz parte da logística, e é fundamental para a produção industrial. Qual? Onde? Porque?
Ou podem servir apenas como entrepostos para mercadorias que deverão se espalhar pelas cidades. Produção Nacional? Importação?
Comprimido azul ou vermelho.
Vamos lá pessoal, não é tão difícil assim perceber que balança a bunda, e agora não tem como, só nos resta remexer e rebolar com a multidão de requebrados, e o hit Carnafafu 2013 é retrô:
“embaixo embaixo embaixo ô ô ô ô”.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

DEU PANE NO VENTILADOR



2000 e 13. Áh que saudade de quando ainda havia a esperança de tudo se acabar em 2012.

Agora o que nos resta é vivermos o apocalipse da vez. Qual? O Plano Real completando 19 aninhos. Abaixo segue a razão.


Com o seu advento não ganhamos apenas um dinheiro novo, mas sim, um doloroso processo de recuperação econômica. Fazendo uma analogia, é como se tivéssemos feito um tratamento de quimioterapia junto com hemodiálise ... duro, muito duro.

A lógica de transformar CR$2.750,00 em R$1,00 se dá no fato de tirar da moeda, pelo menos simbolicamente, o nó Monetário que devastou, devasta e devastará a economia pelo mundo afora.

Resumindo a lorota Monetária – Como o dinheiro é feito? Mecânica Monetária Moderna.
Se dá assim. O governo emite títulos públicos e dão estes para o Banco Central imprimir o dinheiro físico (moeda e papel). Este título público é uma garantia do governo de que o mesmo irá devolver este dinheiro impresso com juros para o BC. Então para o governo pedir a impressão de R$1,00 ele se compromete a devolver, por exemplo, R$1,30. Mas se estes R$0,30 também são emitidos pelo Banco Central, onde o Governo vai arrumar este dinheiro? A garantia de mais dinheiro só existe se o PIB, ou seja, o Produto Interno Bruto (VALOR DA PRODUÇÃO), for maior do que o dinheiro devido. E mesmo com o PIB maior, a lógica desse sistema é um utópico mundo onde as empresas (e não as pessoas, pois quem produz neste modelo são as empresas) acumulam dinheiro até o infinito.

A desgraça não para aí. Estes R$1,00 acabam nos cofres de um banco. Este banco tem que manter parte desse dinheiro em sua reserva (taxa compulsória) e a outra parte ele usa para conceder crédito a ser devolvido com juros. Por exemplo - R$0,50 fica de reserva, não mexe, e os outros R$0,50 ele empresta para ser devolvido posteriormente acrescido de mais R$1,00 em juros - Vamos descascar esses juros:

...................

R$0,50 nem foram impressos pelo BC. Como o governo ficou devendo R$0,30, juntos, emprestador + governo (que é o povo) devem R$0,80 que não poderão ser pagos em dinheiro impresso porque este dinheiro não existe.

+

R$0,50 de um dinheiro que existe em reserva no banco, mas que não pode entrar em circulação e, se entrar, vai ser na base de mais juros.

=



...................


As transações e pagamentos de dívidas com dinheiro de faz de conta (FC$), ou seja, que não foi impresso, só são possíveis através de lançamentos contábeis e transações eletrônicas cujo o nome, bonitinho mas ordinário, é MOEDA ESCRITURAL. Por isso é que O DINHEIRO NÃO EXISTE PORRAAAAAAAAAAAA .... NÃO EXISTE. NÃO HÁ. ALÁ QUEVEDO ... É O QUE NON EXISTE.

Como nada é tão ruim que não possa piorar, quando FC$1,00 de juros for devolvido ao banco através de uma transação eletrônica, ele se tornará depósito do banco que deverá reservar FC$0,50 (taxa compulsória) para emprestar FC$0,50 a serem devolvidos com juros cuja moeda ... enfim, não precisa ser um gênio da matemática pra perceber que essa porra de conta não fecha.

O SISTEMA MONETÁRIO MODERNO É DÍVIDA ETERNA E CRESCENTE IMPOSSÍVEL DE SER PAGA.

O Brasil pede taxas compulsórias altas freando a procriação de dinheiro de faz de conta -  este é o motivo de “gorilarmos” com os punhos no peito dizendo que temos um sistema mais robusto - mas, por outro lado, nos comprometemos a pagar juros enormes. E como o BC negocia os Títulos Públicos, ou seja, repassa a sua promessa de recebimento com juros astronômicos para terceiros, os especuladores internacionais entram iguais corvos famintos comprando e elevando o valor da moeda para patamares ainda mais insustentáveis, além de enfiar na nossa economia FC$ estrangeiro. É uma Bolha Monetária. E é por isso que o peido de um elefante na Índia pode quebrar a moeda do Canadá. O Sistema Monetário Moderno é um nó cego internacional de dinheiro de mentirinha sustentado em dívidas que NUNCA poderão ser pagas pela humanidade.

O GOVERNO TUPINIQUIM NÃO CONSEGUIU O MILAGRE DE INVENTAR UMA SOLUÇÃO QUE TORNA A MECÂNICA MONETÁRIA MODERNA SUSTENTÁVEL. O economista que fizer isso vai ganhar o prêmio Nobel, um feriado mundial em sua homenagem e um Harém com virgens. E ainda assim a humanidade não terá sido grata o bastante.

O que os economistas vêm fazendo é tentar equilibrar esse abacaxi na ponta da pica. Vai gráfico, vem índice, e tudo é lorota. Já existe mais de um experimento científico comparando o sucesso das decisões de economistas com a de animais cujo o resultado, pasmem, é a de que os animais acertam na mesma proporção. A última que li era o de um gato: Colocaram dois pratinhos com leite (não lembro o que era) pro “bechano”. Um para ele dizer sim e o outro para dizer não. Aí perguntaram para ele se era ou não para comprar uma série de ações da bolsa e observaram pra que prato ele ia para cada ação. Ao mesmo tempo, perguntaram para economistas se deveriam comprar ou não as mesmas ações. Alguns meses depois, ao analisar a valorização e desvalorização desses papeis, descobriram que o gato e os economistas tiveram o mesmo sucesso financeiro (R$$$$), aliás, neste experimento o gato ganhou por uma ação que os Economistas não escolheram e que surpreendentemente valorizou bastante. Meau.

Custa-nos aceitar a temível face da aleatoriedade. Adoramos um Status Quo. Mas o que a economia, governos e o raio que os parta andam fazendo de concreto é MERDA NENHUMA. Estamos na estabilidade do caos. Estamos tão seguros quanto um cego sozinho na beira de um abismo. E se fosse mentira não haveria tantas crises atrás de crises. Eu nasci e cresci ouvindo falar em crise, vivo em crise, e acho que estou tendo uma de nervos agora.

Quando o Real foi criado a ideia era a seguinte. Para cada CR$2.750,00 Cruzeiros Reais recolhidos em moeda de verdade, o BC emitiria R$1,00 de verdade. Resumindo, ele pegou um monte de moedas desvalorizadas e sem poder de compras e emitiu novas moeda REAIS. Prestem atenção no nome da nossa moeda. REAL. Subentendesse que esse dinheiro, ainda que feito pela Mecânica Monetária Moderna é REAL, de VERDADE, e não meros lançamentos contábeis.

Outro aspecto da medida foi colocar a seguinte conta para o Governo. Gastar menos do que ele arrecada. Todavia, quando uma empresa arrecada mais do que gasta ela tem lucro, e um Governo não deve se preocupar em ter lucro, por isso deram um nome bonitinho, Superavit, e criaram a lei de Responsabilidade Fiscal que obriga os políticos a manterem essa equação nas contas públicas.

Essas três medidas são obvias e certeiras. Mas o fato é que o Real não é REAL e, assim como outras moedas pelo mundo, ele também é criado pela Mecânica Monetária Moderna. Embora o ciclo de criação de dinheiro de faz de conta brasileiro seja mais lento, ele existe, forçando o país a se preocupar com algo chamado CRESCIMENTO. Aumento e PIB. Áhhh sim o tamanho do PIB é documento.


Aí é que a porca torce o rabo.


Para CRESCER é preciso colocar algumas coisas na agenda. São 03, apenas 03, e em todas falhamos.
1 – Educação, pois você só produz bem com bons funcionários. Em um país capitalista, a realidade que os educadores brasileiros renegam até a morte (do Brasil) é que todo mundo é mão-de-obra doa a quem doer (e dói). Nem preciso ir mais longe, pois todos nós sabemos a bosta que é a nossa educação.
2 – Infraestrutura, já que a produção precisa de energia para ser produzida, estrada, ferrovias, portos e aeroportos para ser escoada etc.
3 – Estabilidade econômica e legal, pois quem produz precisa saber se o seu produto não vai aumentar de custo ou até mesmo ser proibido por intempestividades governamentais do dia pra noite.


Em todos os aspectos empacamos. No que andamos, fizemos impondo custos. Por exemplo - estradas terceirizadas (pedágios) mais o custo do IPVA e mais ICMS e +R$+R$+R$+R$+R$ a perder de vista - O cidadão só reclama, mas o empresário pode decidir levar a fábrica para o Uruguai por exemplo.





Na educação “nem se fala”. Nem vou comentar porque é um post/livro a parte.





Na estabilidade erramos com um conjunto de leis confusas em diversos setores. A estrutura tributária mesmo é uma bomba relógio.




O que podemos concluir então é que, o Plano Real faliu. O que está acontecendo agora é que a confiança do produtor se foi, o saco estourou e, pouco a pouco (ou não tão devagar), vamos perder produção e ver a galinha despencar do seu quase voo outra vez. Perdemos pelo menos outras 03 décadas.



Em 1979 Chico Buarque fez uma canção chamada Bye Bye Brasil que, a sua maneira, ressaltava a euforia da ascensão Brasil e, ao mesmo tempo, deixava nas entrelinhas o prenúncio dos tempos ruins da década de 80. Há 34 anos atrás vivemos o mesmo momento “nunca antes na história desse país” de dias atrás e, infelizmente, teremos que ver o sol se pôr. De novo.

Todavia, diferente daquela época, exceto pelo voo da galinha da economia, não temos nenhum alvorecer como as Diretas Já dos anos 80.



sábado, 12 de janeiro de 2013

ISMO, O SUFIXO DO MAU

Já falei certa vez pelo face. Não gosto do sufixo ismo. Se o mau se manifestou na língua dos homens o fez criando o ismo.

Ismo é o mau antidialético do dogma manifestado em boas idéias. E de capital, nos matamos no capitalismo. De comum, nos aprisionamos no comunismo.
Islamismo, Cristianismo ... detesto ismo.
Racismo, Fascismo ... bad ismo.

Mas neste fim de semana resolvi falar sobre o consumismo. O mesmo que faz as pessoas acionarem o check—in dos seus faces para mostrar "óhhh eu estou nesse lugar".

Nunca vi um check—in feito do consultório de um proctologista. Nem de uma favela. Nem de um busão. Esse botão deveria se chamar "ói como sou fodão".

Igualmente ridículo é se ver superior por vestir isso e aquilo. É acreditar que o carro aumenta o tamanho do pinto.

Consumir para os outros é algo ridículo.

Tão idiota quanto acreditar na supremacia ariana do Nazismo é pensar que você é mais gente do que o outro por conta dos seus bens

Enfim, é isso. Quero reclamar o quanto der do consumismo. E um dos métodos que vou usar é postar músicas sobre o tema Ridiculismo do Consumismo.

http://www.youtube.com/watch?v=JwpIHP_Py_E&sns=em