segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

BOI BOI BOI. BOI DA CARA PRETA

Acho engraçado.

Geralmente as políticas economicas se baseiam em números e gráficos que meio dúzia de pessoas entendem para justificar isso e aquilo. A taxa disso sobe enquanto o câmbio flutua com a aceleração do índice esbléver, e por isso, tome mais juros, tome mais taxas e tome mais impostos.

Todavia, quando a coisa desanda, ai esquecem os gráficos, esquecem as contas e termos cunhados em Gaélico Arcaico que nem o Papa sabe falar. A ladainha nas crises é a mesma. AS PESSOAS ENTRARAM EM DESESPERO.

Vejam o caso dos juros, que no  Brasil é arma contra o paradoxo consumo X inflação. Em um sistema capitalista, as trocas se dão por meio da compra e venda. Eu vendo o meu serviço e compro o seu. Isso é cosumo. Os juros é o valor a mais que você paga para ter uma antecipação da sua renda de um período, ou seja, para comprar um item mais caro, ao invés de guardar dinheiro por 05 anos, você pode antecipar o recebimento desse valor financiando o montante, quem presta esse serviço (bancos) lucra cobrando juros.

No Brasil, temos os maiores impostos do mundo, e a renda do cidadão é corroída. De renda nem a calcinha do guarda roupas sobra. Por isso financiamos tudo, até comida. E os nossos juros, mesmo quando baixos, são bem altos.

Essa política ordinária de juros para conter o consumo no Brasil ajuda a sustentar um governo safado e injusto, que some com o que arrecada. Antes de fuder com juros eles deveriam aumentar o poder de compra da renda dos cidadãos diminuindo os impostos. Mais poder de compra a vista é a única concorrência possível de enfrentar os juros bancários e equacionar a distribuição de dinheiro entre os bancos e a sociedade. Somente podendo guardar algum dinheiro mês a mês as pessoas poderão comprar sua TV de Led a vista ao invés de financiar em 10 vezes. Hoje, a realidade do Brasileiro é que o seu dinheiro some em impostos e taxas e que da sua renda não sobra nada para poupar. Menos ainda pra pagar os juros.

Estamos em uma sociedade de consumo onde tudo é produzido com prazo de validade curto. Nenhum carro de hoje vai chegar na metade da idade de um fusquinha. Televisão antiga da vovó, radinho do tio, primeiro notebook ... o futuro verá menos itens do passado como nós podemos ver no presente. Logo, estamos num ciclo de consumo do qual não podemos fugir. Comprar é inevitável.

Frear o consumismo é uma política inteligente, e este consumismo, que é a sede de comprar sem necessidade o que é supérfluo,   deve ser liberado e contido em ciclos bem administrados através de sua principal fonte de receita. Financiamento. E para fazer isso se aumenta e se diminui os juros.

Todavia, num país com a renda tão corroída, é uma injustiça social terrível aplicar o Jurismo antes de ser justo na renda. É uma economia porca que não pensa nos mais pobres nem em ninguém. Num país onde o sujeito tem cartão até de supermercado pra poder comer, aumentar os juros sem se falar nessa carga tributária desumana é idiotice.

O sujeito é obrigado a compar tudo num valor caríssimo se comparado ao resto do mundo. Sua renda some e  os serviços públicos não avançam significamente.

Tão ruim quanto comprar caro é ser obrigado a vender caro para poder pagar os impostos. O resultado é que temos problemas em vender para fora do país, o que fode com a entrada de divisas para dentro do país e destrambelha a economia pouco a pouco.

Quando a máquina trava, o sujeito já não vende e não tem dinheiro pra arcar com as dívidas, aí vem essa porra de governo aumentando juros para diminuir o consumo para frear a inflação. Pois vendendo menos, o sujeito não pode querer cobrar mais caro. Ou seja, o sujeito que já vende caro para pagar impostos e que não pode mais pagar seus juros é o culpado pela porra toda.

Se vendendo há inflação é por que não há oferta, porque não há produção, por que não há mão de obra, por que não há infraestrutura básica prol produção (energia, estradas etc). Enfim, é porque todo dito serviço de importância pública, que nosso querido governo rege com mão de ferro terceirizando e dando em regime de concessões privadas, mesmo quando ele, governo, recebe impostos e cargas tributárias pesadas para prestá—los de graça, não funcionou adequadamente.

Esse tipo de política é um dos sinais de que um governo simplesmente não deu certo. DE NOVO.

E o seu despero de não poder vender e de não poder comprar. De não poder trabalhar e de não poder comer, é considerado o culpado da merda toda pelo governo de bosta.

Essa é uma economia que se esconde em números enquanto pode, fazendo de conta que o economeis é uma divindade acima dos homens. Restringe—se em se comunicar com meio dúzia de pajés capazes de ler seus indecifraveis sinais expostos em borras de café.
Quando vossos milagres perdem o efeito revelando que produziu 10 ricos para cada 1000 miseráveis, todo o misticismo se desfaz mas, ao invés do governo assumir o seu charlatanismo, acusa as pessoas de não terem acreditado mais se desesperando.

A economia que não sabe colocar as pessoas na frente da economia acaba atropelada pela multidão que deixou para trás.

É a hora que todo o peão tenta evitar. Um absoluto nada que faz estourar toda uma boiada. Um nada somente pro peão, pois se cada boi soubesse do seu destino como churrasco ele nunca teria ficado naquela boiada sem fazer nada.

Vai tomar no cu presidencial senhora Dilma.